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Mostrando postagens de maio, 2017

Economia Popular Solidária: Diversidade e identidade

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Texto retirado de: “Almanaque práticas educativas em economia solidária: tecendo os fios de nosso projeto político-pedagógico.” Raça e etnia: as cores da Economia Solidária A origem da desigualdade racial brasileira pode ser compreendida por meio de nossa própria história. Haja vista que na história da escravidão em nosso país o Brasil foi o maior participante no comércio de escravos. A escravidão durou quase 400 anos, sendo o último país a praticar a abolição, em 1888. Em que medida podemos dizer que a “abolição” não alterou de forma radical a vida dos ex-escravos? Sabemos que mesmo “livres”, eles continuaram cerceados de participar da vida social e política. Além de tudo, os brancos queriam convencer as negras e os negros que era uma grande vantagem tornar-se “trabalhador livre” (“livre” para vender sua força de trabalho ou para morrer de fome). Por isso ao longo do tempo, os quilombos, enquanto espaços de resistência foram crescendo e se multiplicando. Queriam fic...

Economia da Reciprocidade

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A Incubadora Tecnológica de Cooperativas populares da universidade Estadual de Montes Claros (ITCP-Unimontes), realizou no dia 25 de maio de 2017, um minicurso/palestra sobre a Economia da Reciprocidade e da Dádiva. O minicurso foi ministrado pelo Prof. Dr. Gy Reis Gomes Brito, professor parceiro da ITCP-Unimontes.  O mini curso ocorreu, na sala 115 no 1º do prédio 1 da Universidade Estadual de Montes Claros, Campus Darcy Ribeiro, o Centro de Ciências Sociais aplicadas, das 14 às 18 horas. Estiveram  presentes todos os estagiários da ITCP-Unimontes, Maria Luísa, Patrick, Guilherme, Nathália e Evily Sara, somando no total  34 alunos de diversos cursos da Unimontes, em especial da área das Sociais Aplicadas.  Ao iniciar, o Professor comenta sobre o material enviado via e-mail para leitura e interação dos alunos ao assunto discutido no minicurso e cita o autor Marcel Mouss, Paulo Henrique Martins e Antonio David Cattani que foram os autores utilizados ...

Comércio Justo e Solidário

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O que é comércio justo e solidário? Levando em conta a trajetória e as diferentes estratégias do comércio justo, organizou-se no Brasil o Sistema Nacional de Comércio justo e Solidário , com vistas a assegurar direitos e deveres aos Empreendimentos Econômicos Solidários e seus parceiros, tanto entidades comerciais, quanto organismos de certificação e entidades de apoio e fomento. A principal diferença em relação ao comércio justo é que o Comércio justo e Solidário adota a autogestão nos marcos da economia solidária como elemento central de sua própria identidade e enfatiza que devem ser igualmente solidários todas as relações econômicas no interior das cadeias de produção, comercialização e consumo. Trata-se, portanto, do fluxo comercial diferenciado, baseado no cumprimento de critérios de justiça e solidariedade nas relações comerciais, que resulte na participação ativa dos Empreendimentos Econômicos Solidários por meio de sua autonomia. Os princípios do Comércio...

Economia Solidária como alternativa e crítica ao capitalismo

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Texto de autoria de Shirlei A. A. Silva - (14.dez.16) Estamos vivendo um momento crucial da humanidade, onde construímos um sistema de valores e crenças, baseado na opressão, na guerra e na tirania, tanto entre os seres humanos quanto entre estes e todos os demais seres que habitam o planeta terra. Temos chamado este sistema de capitalismo. Compreendendo um pouco melhor, vamos a força das palavras:  capitalismo é   um substantivo masculino.  A palavra capital vem do latim  capitale , derivado de  capitalis  (com o sentido de " principal, primeiro, chefe "), e vem do proto-indo-europeu  kaput  significando " cabeça " .  Este, nomeia um sistema socioeconômico tendo como base a legitimação da apropriação privada de tudo que é considera  bens  e a irrestrita liberdade do comércio e da indústria, seu principal objetivo é a acumulação de riquezas. Neste sistema, a centralidade está na posse individual do "cabeça", do che...